A
vida é feita de escolhas
Maurilio
Tadeu de Campos
A
vida é repleta de inúmeras escolhas que nos remetem a impasses, algumas vezes
difíceis de resolver. Desde que nascemos fomos orientados a optar, a tomar
decisões, a ir por um ou por outro caminho, sabendo das responsabilidades pelas
consequências de cada escolha.
Há
escolhas simples, desde aquelas que nos possibilitam definir com qual roupa
iremos sair, o que comer nas refeições, que direção tomar diante de inúmeros
caminhos. Escolhas mais complexas também permeiam o nosso desempenho na vida:
se iremos nos envolver com uma determinada pessoa, decidir por viver só ou acompanhado,
casar, ter filhos, adquirir um bem, escolher o lugar para morar, optar por uma
carreira e preparar-se adequadamente para bem desempenhar a nossa profissão. E assim, fazemos escolhas que poderão nos proporcionar
prazer, felicidade ou, até, arrependimentos para, assim, poder ter novas
oportunidades para mudar, seguindo novos rumos.
Quando
optamos por um caminho novo acabamos envolvendo outras pessoas nas nossas
escolhas, os nossos companheiros de jornada. As escolhas que praticamos também
dependem daquelas que também são feitas pelas pessoas envolvidas em nossa vida,
pois convivemos e compartilhamos situações em conjunto e cada movimento que fazemos
influencia os movimentos dos nossos parceiros. E as escolhas deles também acabam
influenciando as nossas. Podemos ser livres para tomar todas as atitudes que
pretendemos, mas precisamos entender que, muitas vezes, deixamos de ser mais
ousados porque se o formos, comprometeremos pessoas que gostamos e, certamente,
precisaremos ser mais cautelosos para não magoá-las, uma vez que as alegrias e
ansiedades delas também serão nossas.
Seria
interessante se pudéssemos viver vidas dentro da nossa vida, de maneira que, de
tempos em tempos, pudéssemos encerrar uma etapa e iniciar outras. Mas, se assim
o fizéssemos, que sentido teria a nossa existência se não fosse toda ela construída
a partir das escolhas? Cada escolha vai se acumulando a outras, sendo difícil
interromper essa sequência de opções “livremente pretendidas e obtidas”.
Quando
nos encontramos no recesso dos nossos lares, recolhidos aos nossos próprios
pensamentos, compreendemos que somos o resultado das inúmeras escolhas que praticamos.
Certamente nos vem à mente que se tivéssemos tomado outras decisões tudo seria
totalmente dessemelhante; outras escolhas determinariam outras consequências
que nos fariam passar por experiências diferentes e seríamos, então, pessoas nada
parecidas às que somos hoje. As
experiências acumuladas fazem de nós seres únicos e distintos dos nossos
semelhantes, apesar de sermos tão parecidos em atitudes e reações.
Então,
antes de maldizer a má sorte, e ter atitudes negativas diante da nossa atual
condição de vida, precisamos entender que todas as escolhas que fazemos são as
melhores e que, a partir delas baseia-se a (re)construção da nossa vida, abalizada
nas preferências que nos possibilitam
ser cidadãos mais felizes, mais capazes de fazer novas e muitas outras escolhas
que deixam marcas na nossa estrada já percorrida e que nos auxiliarão a trilhar
caminhos ainda não conhecidos com a segurança que trazemos dentro de nós, pois
somos fortes o suficientemente para superar todos os obstáculos encontrados ao
longo da nossa existência.
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